GRÃO DE AREIA

Rock in Rio – Lisboa 2010

Posted in Notícias by Artemisa on 12 de Abril de 2010

Eu não vou. E tu?

Cumprindo a tradição, o Parque da Bela Vista em Lisboa vai receber a 4ª edição do, considerado por muitos, o maior evento de música do mundo. Deixo aqui a informação básica para quem pensa ir, afinal já não está muito longe…

Programa

21 de Maio

Palco Mundo: SHAKIRA; JOHN MAYER; IVETE SANGALO; MARIZA (Todos ainda por confirmar)

Electrónica: DEADMAU5; CALVIN HARRIS DJ SET; CHRIS LAKE; DIEGO MIRANDA; SOUL MATES FEAT PEDRO TABUADA & KING BIZZ

Sunset Rock in Rio: OQUESTRADA & SEGREDOS DE PORTUGAL; BOSS AC & YURI DA CUNHA; AZEITONAS & ANTÓNIO ZAMBUJO

22 Maio

Palco Mundo: 2 MANY DJS LIVE; ELTON JOHN; LEONA LEWIS; TROVANTE; JOÃO PEDRO PAIS

Electrónica: MAJOR LAZER; DROP THE LIME; ZOMBIE KIDS FEAT AQEEL; JAMIE XX; ZOMBIES FOR MONEY

Sunset Rock in Rio: RUI VELOSO & MARIA RITA + TONI GARRIDO; TIM & MARIZA; SOULBIZNESS & ZOEY JONES

27 Maio

Palco Mundo: MUSE; SNOW PATROL; XUTOS & PONTAPéS; SUM 41

Electrónica: OHN DIGWEED; GUI BORATTO; THE TWELVES; MIGUEL QUINTãO; THA BLOODY BASTARDS FEAT MAD MAC & NUNO LOPES

Sunset Rock in Rio: JORGE PALMA & ZECA BALEIRO; EXPENSIVE SOUL & BLUEY / INCOGNITO + OMAR; NUSOULFAMILY & JULIE MCKNIGHT

29 Maio

Palco Mundo: MILEY CYRUS; MCFLY; AMY MACDONALD; D’ZRT

Electrónica: DUBFIRE; DJ VIBE; AUDIOFLY; DAVIDE SQUILLACE; Tó RICCIARDI

Sunset Rock in Rio: LUIS REPRESAS & MARTINHO DA VILA; TIAGO BETTENCOURT + MANTHA & TIÊ; LÚCIA MONIZ & MISTER LIZARD

30 Maio

Palco Mundo: RAMMSTEIN; MEGADETH; MOTORHEAD; SOULFLY

Electrónica: GREEN VELVET LIVE; SPEEDY J LIVE; PAUL RITCH LIVE; JIM MASTERS; JIGGY; HEARTBREAKERZ

Sunset Rock in Rio: RAMP & HAIL; MORE THAN A THOUSAND & CONVIDADO; FINGERTIPS & CONVIDADO

Cidade do Rock

Como Chegar à Cidade do Rock?

Transportes

Autocarros (www.carris.pt)

A Carris disponibilizará vários serviços especiais, com partida junto do Pórtico da Cidade do Rock até uma hora depois do fecho de portas (04:00).
Carreira A: Leva-o entre a Bela Vista e as Portas de Benfica (via Campo Grande, 2ª Circular, Estrada de Benfica).
Carreira B: Leva-o entre a Bela Vista e Belém (via Entre Campos, M. Pombal, Estrela, Alcântara e Junqueira).
Carreira Shutle Oriente: Leva-o entre a Bela Vista e a Est. Oriente (via rota Aeroporto, Av. Berlim).
Carreira 208: Leva-o entre a Bela Vista e a Est. Oriente ou Cais do Sodré (via Cais do Sodré, Almirante Reis, Bela Vista, Oriente).
Nota: Após o fecho da rede de metro (03:30) funcionará a carreira shuttle Oriente e a Carreira 208.
Aviso: nas carreiras especiais – carreira “A”, “B” e “Shutle Oriente” apenas é válida a tarifa de bordo (não são aceites passes); nas carreiras regulares (10- 755- 794 e 208) inclusivamente nos reforços, será aceite o tarifário normal.

Avião

O Parque da Bela Vista é muito próximo do Aeroporto de Lisboa, cerca de 2,5 km.
Se quiser ir directamente para a Bela Vista, pode optar por ir a pé ou de autocarro:
5 > Aeroporto – Av. Gago Coutinho / EUA
22 > Aeroporto – Av. Gago Coutinho / EUA
Também pode optar de táxi. Se sair do hotel procure utilizar o metropolitano (saia na estação da Bela Vista, na Linha Vermelha).

Barcos (www.transtejo.pt/pt/informacao_util)

Para chegar utilize as ligações fluviais regulares. Se utilizar a ligação de Cacilhas – Cais do Sodré, faça o percurso de metro até à Estação da Bela Vista, ou utilize o autocarro (na rede madrugada é a carreira 208 – Est. do Oriente – Cais do Sodré) com paragem no Parque da Bela Vista.

Se utilizar a ligação do Barreiro – Terreiro do Paço, e faça o percurso de metro até à Estação da Bela Vista, ou utilize o autocarro (na rede madrugada é a carreira 208 – Est. do Oriente – Cais do Sodré) com paragem no Parque da Bela Vista.

O transporte fluvial aconselha também o carregamento prévio de “Zapping”. Só precisa ter um cartão de suporte “Viva Viagem ou 7Colinas” e carregar com um valor que dê para as viagens que tenha de efectuar, pode ainda obter descontos na ida e volta da Cidade do Rock, consoante o carregamento e utilização que faça.

Para voltar de barco tem também o Serviço de Transporte Especial “ Lisboa à Noite” com partidas às 4h30, nas ligações Cais do Sodré – Cacilhas e Terreiro do Paço – Barreiro, madrugadas de Sexta para sábado e Sábado para domingo.

Carro

Na Cidade do Rock e envolvente haverá condicionamentos ao tráfego e restrições de estacionamento!
Se tiver mesmo que se deslocar de carro, utilize um parque de estacionamento com ligação assegurada em transporte público no final do evento: Alvalade, Oriente, Alameda, Cais do Sodré.

Comboio (www.cp.pt); (www.fertagus.pt)

Para chegar utilize os comboios regulares:
Se vier da linha de Sintra ou de Setúbal, saia na estação do Areeiro e faça o percurso a pé até ao Parque da Bela Vista. São 15 minutos a pé.
Se vier da linha de Cascais, saia na estação do Cais do Sodré e faça o percurso de metro até à Estação da Bela Vista.
Se vier das linha do Norte, saia na estação do Oriente e faça o percurso de metro ou de autocarro (carreira 794) até à Estação da Bela Vista.
A CP disponibiliza um comboio especial nas Linhas de Sintra e de Cascais. Pode apanhar estes comboios às 04:00 na Estação Roma/ Areeiro (sentido Sintra) e na Estação do Cais do Sodré (sentido Cascais) parando em toda as estações.
A Fertagus terá um comboio especial a sair às 04:00 da Estação de Roma/ Areeiro até Setúbal parando em todas as estações.

Metro (www.metrolisboa.pt)

Linha Vermelha: Bela Vista .
A Cidade do Rock fica a cinco minutos a pé da estação.

Rede de Metro

Para comprar bilhetes, deverá dirigir-se ao site oficial do Rock in Rio, Lisboa 2010, para tal, clique aqui.

“Bom Senso…”

Posted in Pessoal by Artemisa on 8 de Abril de 2010

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Fado

Posted in Notícias by Artemisa on 14 de Março de 2010

Fado Azul (Blue Fado) - Marcio Melo

Um Pouco de História

Os portos de mar sempre foram locais de partida e chegada de pessoas e mercadorias. Mas nos barcos também vinham as culturas e nas cidades portuárias fez-se a sua miscigenação.  Ao longo de séculos, os barcos foram transportando, de porto em porto, traços culturais que criaram as raízes da primeira globalização. Profundamente ligado à vida marítima e à actividade portuária aparece também o fado. Assim, o fado enquanto expressão de música popular característica e original de Lisboa será inserido no conjunto mais vasto das manifestações culturais com traços semelhantes nascidas em cidades onde também existe uma ligação profunda ao mar. A importância do processo de intercâmbio cultural será uma constante do Festival que se realizará todos os anos, em Fevereiro. A primeira edição do Lisboa Fado Festival decorreu no ano 2000.

No século XVIII, criou-se no Brasil um cruzamento de três continentes. O resultado apareceu sob a forma de manifestações culturais novas, que integravam a Europa, a África e a América. A componente africana foi levada pelos escravos negros. A esta misturaram-se traços das culturas ameríndias pré-existentes no Brasil. A cultura do colonizador europeu, pelo seu lado, contribuiu com as tradições rurais portuguesas e com o barroco. Acrescia ainda o intercâmbio resultante dos contactos portuários que ligavam a Índia, a Ásia e a África. De tudo isto resultaram expressões como as modinhas e o lundum.

No início do século XIX, a corte portuguesa refugiou-se no Brasil na sequência das invasões francesas. O fado passou a integrar influências dos ritmos brasileiros em intercomunicação com a poesia nascida nos bairros populares de Lisboa. Foi também por esta altura que a guitarra de 12 cordas, introduzida pela colónia britânica residente na cidade do Porto, passou a acompanhar o fado. A relação entre a voz e o instrumento passou a ser directa, com o estilo vocal a tornar-se muito expressivo e a equilibrar as deficiências do vocabulário popular.

No século XX, o fado fez a sua estreia no teatro musical e na rádio.

Fado - José Malhoa

O fado das tabernas resistiu às luzes do salão. Mas em 1927 surgiu regulamentação que obrigava à posse de carteira profissional para se cantar em público. Mais tarde, o fado projectou-se internacionalmente como a canção nacional. O fado ganhou espaço na literatura, no cinema e na indústria discográfica, adquirindo uma dimensão nova. Mas permaneceu como expressão musical profundamente relacionada com outras manifestações culturais de cidades portuárias, o que exprime uma relação muito antiga de trocas culturais. Este facto dá ao fado um destaque especial na era da globalização.

A Alma de um Povo

O fado não é apenas uma canção acompanhada à guitarra. É a própria alma do povo português. Ouvindo as palavras de cada fado pode sentir-se a presença do mar, a vida dos marinheiros e pescadores, as ruelas e becos de Lisboa, as despedidas, o infortúnio e a saudade. A grande companheira do fado é a guitarra portuguesa. Juntos, fado e guitarra, contam a essência de uma história ligada ao mar.

O fado, por ser de todos os portugueses, está na taberna e no salão aristocrático. Surgido na primeira metade do século passado, depressa se tornou na canção popular de Lisboa. Desde então, manteve sempre as sua características de expressão de sentimentos associados à fatalidade do destino. O fado está marcado pelo phatos das tragédias da Grécia clássica.

A canção emblemática de Lisboa é também indissociável dos seus bairros mais típicos. Alfama, Mouraria, Bairro Alto e Madragoa são os seus mais autênticos berços. Por esta razão, ouvir o fado é conhecer Lisboa. É também conhecer os portugueses, no mais profundo da sua alma de povo que enfrentou o mar desconhecido. E, por ser uma canção nacional, o fado está igualmente marcado pelo atracção que a aristocracia boémia sentiu pela ruas e vielas de Lisboa, pelas tabernas e pelas mulheres. O fado foi partilhado por fidalgos, por vadios e por marinheiros. No regresso ao salão aristocrata, trouxeram o fado para que fosse acompanhado ao piano.

A Guitarra Portuguesa

Guitarra Portuguesa

A guitarra portuguesa distingue-se dos outros cordofones de mão pela forma e dimensões da sua caixa de ressonância, pelo cavalete móvel em osso, pelas suas 12 cordas metálicas, dispostas em seis pares (ordens ou parcelas), pelo peculiar sistema mecânico de afinação, com o cravelhal metálico em forma de leque, com sistema de tarrachas deslizantes e parafuso sem fim, pela sua afinação única (si; lá; mi; Si; Lá; Ré; ou lá; sol; ré; Lá; Sol; Dó; ) , pela técnica de execução tradicional, com o dedilho especial da mão direita com uso exclusivo das unhas dos dedos indicador e polegar, e, como resultante natural destes factores, possui uma qualidade sonora com características tímbricas e expressivas distintamente individualizadas.

A sua representação assume também frequentemente a dimensão de sinal e símbolo identitário, reconhecido pela comunidade de cultura portuguesa, sobretudo a mais familiarizada com a sua aplicação popular no acompanhamento do Fado.

Para mais informações consultar os seguintes sites, de onde foi retirada esta informação:

http://www.guitarraportuguesa.com/

http://www.fado.com/

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