GRÃO DE AREIA

Os antípodas

Posted in Notícias by Artemisa on 27 de Junho de 2014

Parece que ainda nem toda a história está escrita, ou, pelos vistos, está mal escrita!

Segundo a agência noticiosa Reuters, um novo livro intitulado “Beyond Capricorn”, publica a cópia de um mapa marítimo, mostrando a costa este australiana, do século XVI, de uma biblioteca de Los Angels, que prova que foram os portugueses e não os ingleses ou holandeses, os primeiros europeus a chegar à Austrália.mapa costa este austrália

Interessante á também o facto de o autor do livro, Peter Trickett ser australiano. Diz ele que encontrou a cópia do mapa enquanto folheava um livro numa livraria em Camberra, a capital australiana, há oito anos atrás. A  livraria possuia uma reprodução do Atlas de Vallard, uma coleção de 15 mapas desenhados à mão, compilados em 1547, em França. A obra foi mantida em residências de aristocratas franceses e, posteriormente, britânicos, antes de ser comprada pelo magnata americano Henry Huntington e adicionada à biblioteca criada por ele em Los Angeles.

O livro diz que o mapa marca com precisão locais geográficos ao longo de toda a costa este australiana em português, provando que o navegador Cristóvão Mendonça liderou uma frota de 4 navios, por ordem de D. Manuel I, que o enviara em busca da “ilha de Ouro” citada nos relatos de Marco Pólo. Trickett fundamentou esta sua afirmação em mapas de origem portuguesa que cartografaram parcialmente a Austrália já no século XVI, tendo-lhe atribuído o nome de “Terra de Java”. Segundo ele, Critóvão Mendonça ,desembarcou na Botany Bay (Sydney), em 1522, quase 250 anos antes do capitão britânico, James Cook.

Segundo o autor do livro, estas descobertas teriam sido mantidas em segredo pela coroa portuguesa devido à “rival” Espanha. Além disse, qualquer tentativa de divulgação destes segredos de Estado era punida com a pena de morte.

Além da cartografia, Trickett acrescenta que a sua teoria é também suportada pelos artefactos portugueses do século XVI, encontrados ao longo da costa australiana e neozelandesa.

Com tudo isto, resta-me acrescentar, como é que quem já tanto teve, agora nada tem?

 

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